Crédito: Maddison McMurrin/ Unsplash

A poluição do ar causa diversos problemas sociais e ambientais. Com relação à saúde da população, ela causa danos diversos e até o agravamento de doenças que podem levar à morte. Outro efeito prejudicial se dá ao meio ambiente, ela polui os cursos de água e o solo afetando, assim, negativamente os ecossistemas naturais. O que gera prejuízos à agricultura e degrada infraestruturas urbanas.

Saber quais e a quantidade de poluentes presentes no ar é o primeiro passo para enfrentar esse grave problema. Vale ressaltar que a qualidade do ar em um determinado local varia de acordo com a proximidade de fontes de emissões de poluentes, com as condições meteorológicas e com a topografia da região. Uma vez diagnosticada a má qualidade do ar, passa-se, então, a entender quais as suas causas para planejar e executar estratégias de controle das emissões dos poluentes locais e deveria-se alertar a população sobre seus riscos.

Com o intuito de gerar transparência dessas informações, o que também auxilia na criação e no aperfeiçoamento de políticas públicas, o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) mantém desde 2015 a Plataforma da Qualidade do Ar com dados e análises sobre o monitoramento da qualidade do ar realizados no Brasil. Esses dados são obtidos e organizados a partir de fontes abertas, dos Relatórios Anuais de Qualidade do Ar dos Estados e, também, por meio da apuração das informações diretamente com os órgãos públicos ambientais.

Na plataforma, os dados de qualidade do ar podem ser consultados conforme a classificação do Índice de Qualidade do Ar (IQAr) ou comparável aos padrões de qualidade do ar, adotados no Brasil e valores-guias da Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir da Plataforma da Qualidade do Ar, é possível checar a qualidade do ar nos painéis interativos a seguir ou nas bases de dados disponibilizadas para downloads.

Cobertura de monitoramento e dados

Mapa das estações de monitoramento

No Brasil, os estados são responsáveis pelo monitoramento da qualidade do ar, cujos órgãos estaduais de meio ambiente implementam e gerenciam cada um seu próprio sistema de monitoramento. O painel interativo abaixo mostra, a partir das informações contidas na Plataforma da Qualidade do Ar, onde há ou já houve estações de monitoramento no país,1 quais poluentes são e foram monitorados, os órgãos estaduais responsáveis e o tipo de tecnologia utilizada. É possível escolher o(s) poluente(s) para visualizar no mapa todas as estações que o(s) monitora(m). Atualmente, a Plataforma disponibiliza informações de monitoramento da qualidade do ar de dez estados e do Distrito Federal. Veja a cobertura do monitoramento presente na Plataforma da Qualidade do Ar ao longo dos anos:

¹A plataforma abrange dados a partir de 2000.

Dados disponibilizados na plataforma

O painel abaixo apresenta todas as estações de monitoramento da qualidade do ar mapeadas junto aos órgãos públicos parceiros da Plataforma da Qualidade do Ar, bem como os  e os respectivos conteúdos incorporados pelo IEMA: os respectivos poluentes monitorados, os anos com informação sobre o monitoramento e a resolução temporal disponibilizada nos dados (diários ou anuais). Devido ao grande volume de dados produzidos por diferentes órgãos com diferentes sistemáticas, o desenvolvimento da Plataforma tem atualização contínua. Gradualmente, a Plataforma da Qualidade do Ar incorpora novos dados informando o monitoramento mais recente, dados de novas parcerias e enriquece as séries históricas à medida que são disponibilizados pelos órgãos parceiros e, em seguida, organizados pela equipe do IEMA.

Qualidade do ar dia a dia

Em cada estação de monitoramento

A atmosfera comporta-se de forma bastante dinâmica. Em um determinado momento do dia, o ar pode estar mais ou menos poluído a depender das atividades poluidoras ou das condições meteorológicas. Por isso, a qualidade do ar é, em geral, monitorada hora a hora. Ao fim de um dia, a qualidade do ar pode ser avaliada a partir de um valor médio, calculado a partir das concentrações monitoradas para cada poluente. Quanto maior o valor médio, mais poluente esteve presente no ar e pior a sua qualidade. Em seguida, a qualidade do ar de um certo dia pode ser classificada como: boa, moderada, ruim, muito ruim ou péssima – classes do índice da qualidade do ar (IQAr) adotado no Brasil –, com cada nível representando determinados efeitos à saúde humana.2

No painel, a primeira visualização apresenta a evolução da média diária da qualidade do ar com as faixas do índice ao fundo, incluindo também uma classe adicional que reflete as diretrizes de qualidade do ar (DQA) da OMS3. Uma segunda visualização facilita a observação em dias específicos permitindo, também, a comparação com os padrões de qualidade do ar adotados no Brasil4. Para alternar entre as visualizações, selecione a aba desejada no topo do painel à esquerda.

2 Saiba mais sobre a classificação da qualidade do ar no Brasil clicando aqui.
3 Os valores classificados como “boa” são condizentes com as diretrizes de qualidade do ar da OMS de 2005. Porém, em 2021, essas diretrizes foram atualizadas e as concentrações máximas recomendadas tornaram-se mais restritivas para MP10 e MP2,5. Clique aqui para saber mais sobre as novas diretrizes.
4 Saiba mais sobre os padrões de qualidade do ar no Brasil clicando aqui.

Em todas as estações de monitoramento

Uma visão da avaliação diária da qualidade do ar em várias estações, simultaneamente, pode ser consultada neste painel. Cada quadrado é colorido conforme a classificação do índice da qualidade do ar (e das diretrizes de qualidade do ar da OMS, como no painel anterior) para cada estação e poluente no dia. Ao selecionar “Tudo” no filtro de “Poluente”, é possível ver a classificação geral da qualidade do ar definida a partir do poluente com a pior classificação. Por exemplo: se em uma determinada estação a qualidade do ar para um poluente foi avaliada como “Muito ruim”, para outro poluente foi avaliada como “Moderada” e para todos os outros foi avaliada como “Boa”, a classificação geral será “Muito ruim”. Selecione o grupo de estações por meio dos comandos do painel. Identifique períodos e áreas críticas.

Em uma segunda aba no painel é possível ver a informação diária agregada por mês, facilitando a observação do comportamento dos poluentes ao longo das estações do ano. Por exemplo, geralmente os meses de inverno (entre junho e agosto) apresentam maiores concentrações de material particulado. Para alternar entre as visualizações, selecione a aba desejada no topo do painel à esquerda.

Total dos dias nos anos

Este painel mostra a participação dos números de dias no ano classificados a partir do índice qualidade do ar (IQAr) e dos valores recomendados pela OMS para cada estação e poluente. Assim, é possível ter uma visão panorâmica da qualidade do ar para cada poluente, checando se há aumento ou diminuição do número de dias mais ou menos poluídos ao longo dos anos. Também pode-se notar os dias sem informação sobre a  qualidade do ar (monitoramento efetivo).

Algumas estações de monitoramento da qualidade do ar não monitoram de forma contínua, sendo operadas de maneira manual com coletas menos frequentes de dados, geralmente a cada seis dias. Devido à incomparabilidade com as estações automáticas, que coletam dados diariamente – exceto curtos períodos de manutenção (idealmente) –  as estações manuais não são apresentadas neste painel.

Número de dias com ultrapassagens dos padrões nacionais e das recomendações da OMS

Os padrões de qualidade do ar são valores referenciais de concentração de poluentes que funcionam como metas na gestão da qualidade do ar. No Brasil, os padrões de qualidade do ar são estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) nº 491/2018 e são organizados em níveis. Há os padrões intermediários (PI), de 1 até 3, que representam valores provisórios ou temporários para uma determinada região poluída, que ao longo do tempo deve almejar prosseguir avançando para padrões mais elevados, melhorando a qualidade do ar em etapas até alcançar o padrão final. Os padrões finais (PF) seguem as definições da Organização Mundial da Saúde de 2005. Porém, a OMS revisou as suas recomendações, para MP10 e MP2,5 os valores recomendados tornaram-se mais restritivos em 20215. Desse modo, para os demais poluentes, as ultrapassagens de DQA são iguais às ultrapassagens do PF.

No painel abaixo é possível consultar em quantos dias no ano foram detectadas ultrapassagens dos padrões de qualidade do ar em uma estação para um determinado poluente, bem como o número de dias com concentrações médias maiores do que as recomendações da OMS. O painel também mostra o número de dias em que não houve monitoramento efetivo para fazer a avaliação diária da qualidade do ar.

5 Saiba mais sobre as diferenças entre os padrões finais e as recomendações da OMS clicando aqui.

Qualidade do ar ano a ano

Em cada estação de monitoramento

Ao fim de um ano, a qualidade do ar pode ser avaliada a partir de um valor médio, calculado por meio de concentrações diárias para cada poluente, considerando critérios de representatividade6. Quanto maior o valor médio, mais poluído esteve o ar ao longo do ano. Diferentemente da avaliação diária da qualidade do ar, o índice de qualidade do ar (IQAr) não se aplica na avaliação anual. No entanto, existem padrões de qualidade do ar adotados no Brasil para a avaliação da qualidade do ar na escala anual, assim como também há valores recomendados pela OMS.

Atualmente, o Brasil dispõe de até 4 padrões, a depender do poluente. Três padrões são provisórios ou intermediários (os padrões intermediários 1, 2 e 3) e há o padrão final. Além de demonstrar as linhas (valores limites) dos padrões vigentes pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), a visualização abaixo mostra o valor limite recomendado pela OMS (Diretriz de Qualidade do Ar, DQA). Neste painel, ao escolher uma estação de monitoramento e um poluente, podemos avaliar se o nível de poluição do ar no ano ultrapassou ou não o valor recomendado pela OMS, ou os padrões de qualidade do ar, além de observar a representatividade dos dados na escala anual.

6 Saiba mais sobre critérios de representatividade ou validação de amostragens clicando aqui.

Todas as estações

Uma visão da avaliação anual da qualidade do ar simultaneamente em várias estações pode ser consultada neste painel. Cada quadrado é colorido conforme a faixa em que foi medida a qualidade do ar para cada estação e poluente no ano, relativamente aos padrões de qualidade do ar e recomendações da OMS, de acordo com o painel anterior. Na legenda, PF é sigla para padrão final, PI é sigla para padrão intermediário, e DQA é referente à diretriz de qualidade do ar da OMS. Ao selecionar “Tudo” no seletor de “Poluente”, é possível ver a classificação geral da qualidade do ar, definida a partir do poluente classificado com a pior faixa. Por exemplo: se numa determinada estação a qualidade do ar para um poluente foi avaliada como “Entre PI-2 e PI-1”, para outro poluente foi avaliada como “Entre PI-3 e PI-2” e para todos os outros foi avaliada como “<DQA”, a classificação geral será “Entre PI-2 e PI-1”.

Selecione o grupo de estações por meio dos comandos do painel. Identifique períodos e áreas críticas.

Mapa de avaliação anual da qualidade do ar

Este painel apresenta a qualidade do ar avaliada na escala anual para cada estação monitorada, localizando-a no mapa. Com os dados identificados com suas latitude e longitudes no mapa, observam-se regiões críticas, onde a maioria das estações está em desacordo com valores classificados conforme a recomendação da OMS, ou seja, grande parte das estações apresenta concentrações de pelo menos um poluente com valores que podem ser nocivos à saúde da população.

Uma rede de monitoramento da qualidade do ar é composta por um conjunto de estações instaladas em locais estrategicamente definidos. Segundo o MMA (2019), as estações de monitoramento devem ser classificadas de acordo com sua representatividade espacial, em ordem crescente de abrangência: de microescala, escala média, escala de bairro ou escala urbana. Essa classe de representatividade espacial para cada estação é definida conforme o poluente monitorado e as características do entorno. As estações de microescala são caracterizadas por terem no seu entorno imediato a presença de fontes de emissão intensivas e têm como objetivo observar o efeito mais direto dessas fontes na qualidade do ar. Por sua vez, uma estação de escala urbana, a de maior abrangência espacial, busca mensurar a poluição de fundo da cidade, que representa os níveis mínimos de poluição atmosférica ambiental a que a população está cronicamente exposta. As estações de escala média e escala de bairro são classes intermediárias. No painel é possível consultar a classificação de escala ao passar o cursor em cada estação.

Downloads dos dados

Gostaria de montar suas próprias consultas a partir dos dados da Plataforma?

Baixe os dados contidos na Plataforma, organizados em formato padronizado pela equipe do IEMA, e trabalhe livremente com eles!

Se possível, conte a sua análise: contato@qualidadedoar.org.br.

Na próxima seção, é possível consultar os links para os conteúdos originais disponibilizados pelos órgãos públicos parceiros da Plataforma.

Parceiros da Plataforma

Atualmente, mais de dez órgãos públicos colaboram com o IEMA na Plataforma da Qualidade do Ar. Saiba mais sobre a qualidade do ar em outros conteúdos por eles disponibilizados:

Distrito Federal

Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal - Instituto Brasília Ambiental (IBRAM-DF)

Estado da Bahia

Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA-BA)

Estado de Goiás

Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD-GO)

Estado do Paraná

Instituto Água e Terra (IAT)

Estado de Pernambuco

Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH)

Aspectos metodológicos

Índice de qualidade do ar (IQAr)

O Índice de Qualidade do Ar (IQAr) foi criado visando facilitar a divulgação dos dados de monitoramento da qualidade do ar de curto prazo (avaliações diárias). Segundo o Guia Técnico de Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar (Ministério do Meio Ambiente, 2019), o índice  é elaborado a partir de equações matemáticas que convertem os valores de concentração de poluentes – cuja unidade pode ser expressa, por exemplo, em microgramas por metro cúbico (μg/m3) ou partes por milhão (ppm) – para números adimensionais, ou seja, sem unidade de comparação física pré-estabelecida.

Dessa maneira, a qualidade do ar pode ser classificada como:  boa, moderada, ruim, muito ruim, péssima e associada a uma escala de cores (representando gradativamente a severidade de efeitos à saúde humana e ao meio ambiente). A estrutura do índice e os poluentes que fazem parte dele são esses:

Estrutura do índice brasileiro de qualidade do ar e efeitos à saúde

Fonte: Adaptado de MMA (2019) e Cetesb

Padrões de qualidade do ar no Brasil

Os padrões de qualidade do ar são valores de referência de concentração de poluentes que funcionam como metas na gestão da qualidade do ar. No Brasil, são estabelecidos pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 491/2018, e são organizados em níveis. Há os padrões intermediários (PI), 1 a 3, que representam valores provisórios ou temporários para uma determinada região poluída, que ao longo do tempo deve almejar prosseguir avançando para padrões mais elevados, despoluindo o ar em etapas até alcançar o padrão final. O padrão final (PF) segue as definições da Organização Mundial da Saúde de 2005.

Padrões nacionais de qualidade do ar

Recomendações (diretrizes guias) para qualidade do ar da OMS

A OMS apresentou os seus mais novos valores-guias de concentrações de poluentes em 2021, a partir de estudos e evidências recentes que consideram os impactos à saúde. Em sua  maioria, esses valores tornaram-se mais restritivos. Na tabela abaixo é possível observar os valores do Padrão Final (valores condizentes com as recomendações da OMS em 2005) e as diretrizes atualizadas em 2021.

Poluente (sigla) Unidade Período de referência DQA
Material particulado (MP10)  µg/m3 Anual 15
µg/m3 24h 45
Material particulado fino (MP2,5) µg/m3 Anual 5
µg/m3 24h 15
Dióxido de enxofre (SO2) µg/m3 24h 40
Dióxido de nitrogênio (NO2) µg/m3 Anual 10
µg/m3 1h 200
Monóxido de carbono (CO) ppm 8h (média móvel) 9
Ozônio (O3) µg/m3 8h (média móvel) 100
µg/m3 Alta temporada 60

Fonte:  OPAS/OMS, Diretrizes globais de qualidade do ar da OMS (2021): partículas inaláveis (MP₂,₅ e MP₁₀), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. Resumo executivo.

Poluentes, métricas e referenciais de avaliação da qualidade do ar

Na Plataforma da Qualidade do Ar, os dados são apresentados de forma classificada conforme o Índice de Qualidade do Ar (IQAr) ou de forma comparável aos padrões de qualidade do ar e às recomendações da OMS. Os poluentes, métricas e referenciais de avaliação da qualidade do ar presentes na Plataforma são sintetizados na tabela:

Poluente (sigla) Resolução temporal
Dia Ano
Fumaça (FMC) Média de 24h
(PI-1, PI-2, PI-3, PF)
Média aritmética anual
(PI-1, PI-2, PI-3, PF)
Material particulado (MP10) Média de 24h
(PI-1, PI-2, PI-3, PF, IQA, DQA)
Média aritmética anual
(IT-1, IT-2, PI-1, PI-2, PI-3, PF, DQA)
Material particulado fino (MP2,5) Média de 24h
(PI-1, PI-2, IT-3, PI-3, PF, IQA, DQA)
Média aritmética anual
(IT-1, IT-2, PI-1, PI-2, PI-3, PF, DQA)
Dióxido de enxofre (SO2) Média de 24h
(PI-1, PI-2, PI-3, PF, IQA, DQA)
Média aritmética anual
(PI-1, PI-2, PF)
Partículas totais em suspensão (PTS) Média de 24h
(PF)
Média geométrica anual
(PF)
Ozônio (O3) Máxima média móvel de 8h obtida no dia
(PI-1, PI-2, PI-3, PF, IQA=DQA)
Máxima média móvel a cada 6 meses – “Alta temporada”
(DQA)
Monóxido de carbono (CO) Máxima média móvel de 8h obtida no dia
(PF, IQA=DQA)
Dióxido de nitrogênio (NO2) Média de 24h
(DQA)
Média aritmética anual
(PI-1, PI-2, PI-3, PF, DQA)

Validação de amostragens na qualidade do ar

Idealmente, a qualidade do ar deve ser monitorada de forma contínua, isto é, segundo a segundo, hora a hora. Ao final de um dia ou ao final de um ano, a qualidade do ar pode ser avaliada a partir de valores médios calculados a partir dessas concentrações hora a hora. Para que esses valores médios tenham significado estatístico, são adotados critérios de validação baseados na completude dos dados. A tabela mostra os critérios recomendados pelo Ministério do Meio Ambiente, e que são adotados na Plataforma da Qualidade do Ar:

Tipo de média Critério de Validação
Média horária ¾ das médias válidas na hora
Média diária ⅔ das médias horárias válidas no dia
Média mensal ⅔ das médias diárias válidas no mês
Média anual ½ das médias diárias válidas obtidas em cada quadrimestre (jan-abr; maio-ago; e set-dez)
Média de alta temporada para O3* ⅔ das médias móveis diária dos últimos 6 mês.

*Para o cálculo de média de alta temporada para O3, foi considerada a máxima média móvel de seis meses. A avaliação ano a ano para o poluente é referente ao período do inverno, primavera, verão e outono – nessa ordem, ou seja, de 21 de junho de um ano a 20 de junho do ano seguinte – para abarcar integralmente o período crítico de concentração de ozônio no hemisfério sul (primavera e verão).

Fonte: MMA (2019) e OPAS/OMS (2021)

Registro de atualizações

A Plataforma da Qualidade do Ar é atualizada periodicamente com novos dados, textos, visualizações e possíveis correções. Para acessar o registro de alterações e acompanhar sua evolução, clique aqui.

Publicações

A equipe do IEMA elabora análises a partir da Plataforma da Qualidade do Ar, a fim de informar a sociedade sobre os problemas brasileiros de qualidade do ar e auxiliar o poder público na tomada de decisões. Em dezembro de 2021 foi publicado o primeiro estudo, com análises obtidas por meio dos dados da Plataforma, que se debruçou sobre o município de Macaé (RJ), e em maio de 2022, sobre o município de São Paulo (SP). Em julho de 2022, foi divulgado o trabalho “Recomendações para a Expansão e a Continuidade das Redes de Monitoramento da Qualidade do Ar no Brasil”.

Crédito: Divulgação/ IEMA

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