O Brasil pode mais do que dobrar a produção e o consumo de biocombustíveis até 2050 sem provocar novos desmatamentos, conciliando esse avanço com salvaguardas socioambientais, recuperação de áreas naturais e sem comprometer a produção de alimentos. Essa é a principal conclusão do estudo “Biocombustíveis no Brasil: alinhando transição energética e uso da terra para um país carbono negativo”, lançado e realizado dia 9 de outubro pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), com apoio do GT Clima e Energia do Observatório do Clima.
Atualmente, o Brasil tem cerca de 100 milhões de hectares (Mha) de pastos degradados, o que equivale a 12% do território nacional. Desse total, 56 milhões de hectares poderiam ser direcionados de forma estratégica para o crescimento sustentável da agricultura, incluindo a produção de bioenergia. A pesquisa mostra que o cultivo agrícola adicional necessário para biocombustíveis pode ocupar entre 20 e 35 milhões de hectares.