Mais de 50 representantes de operadoras de ônibus da cidade de São Paulo compareceram ao evento realizado pela SPTrans no centro de São Paulo, quarta-feira (16), sobre a ferramenta PlanFrota feita pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Essa é uma calculadora a ser usada pela SPTrans para checar se a troca de ônibus da frota da cidade de São Paulo irá cumprir a Lei Municipal 16.802 de 2018, que prevê a redução gradual de emissões de poluentes em 20 anos. Em breve, todas as operadoras de ônibus da capital paulista também poderão receber a ferramenta e treinamento para auxiliá-las nessa substituição. Representantes de órgãos públicos da capital, do estado e de organizações do terceiro setor também assistiram à palestra.
“Essa é uma parceria com o poder público. Todo o trabalho será doado”, ressaltou o pesquisador do IEMA David Tsai, durante a apresentação. O uso da ferramenta pelas empresas operadoras de ônibus é opcional, mas a calculadora está completa com fatores de emissão já validados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Ela deverá incluir todos os tipos de ônibus e tecnologias que circulam no Brasil com suas respectivas emissões de gases de efeito estufa (GEE). Assim, as operadoras poderão simular ao longo dos 20 anos como será a queda das emissões de suas frotas de acordo com as trocas propostas. Ou seja, se conseguirão cumprir as metas anuais definidas nos seus contratos.
O que é a PlanFrota
A calculadora de emissões atmosféricas para apoio ao planejamento das frotas de ônibus do sistema SPTrans, batizada de PlanFrota, avalia automaticamente se determinada frota de ônibus planejada para operar em um lote de concessão irá ou não cumprir as metas de redução de emissões. Dessa forma, ela auxilia a SPTrans na fiscalização do cumprimento das metas de redução de emissões e as operadoras de ônibus. Neste caso, ajudando-as no planejamento do cronograma de inclusão e remoção de veículos de suas frotas.
Ela calcula as emissões anuais, de 2016 a 2038, de CO2, MP e NOx por lote de concessão. Para isso, insere-se a quilometragem contratada, a caracterização da frota e as fontes energéticas utilizadas. A PlanFrota compara para cada ano de 2019 até 2038, prazo para o cumprimento completo da Lei, as emissões projetadas com os níveis referentes ao ano de 2016, ano de referência para o qual foram estabelecidas as metas de redução de emissões.
Vale ressaltar que a ferramenta já foi apresentada no Comitê Gestor do Programa de Acompanhamento da Substituição de Frota por Alternativas Mais Limpas (Comfrota-SP). Este foi previsto na Lei Municipal nº 14.933 de 2009, que instituiu a política de mudança do clima na capital. Ele tem a função de avaliar o cumprimento das metas de redução de emissões. “A calculadora ajuda a cumprir um dos nossos objetivos: promover a mobilidade urbana inclusiva e de baixas emissões de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa”, lembra André Luis Ferreira, diretor-presidente do IEMA.