IEMA destaca lacunas e avanços no monitoramento da qualidade do ar durante Seminário Nacional do Programa MelhorAR

Instituto reforça a importância de dados consistentes e de inventários de emissões para orientar políticas públicas de transporte e qualidade do ar no Brasil

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) participou do “1º Seminário Nacional do Programa MelhorAR e Controle de Emissões de Poluentes Locais nos Transportes”, realizado nos dias 7 e 8 de outubro em parceria com a Infra S.A., Ministério dos Transportes e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O evento marcou o lançamento do Programa MelhorAR, iniciativa do governo brasileiro para promover um transporte rodoviário mais sustentável e reduzir suas emissões de poluentes atmosféricos, reunindo os principais atores dos setores público e privado, da academia e da sociedade civil.

No primeiro dia, David Tsai, gerente de projetos do IEMA, durante o painel 3, destacou a importância de dados consistentes de monitoramento e apresentou as contribuições do instituto para o avanço das políticas relacionadas ao tema, incluindo o estudo “Dimensionamento da Rede Básica de Monitoramento da Qualidade do Ar no Brasil”, que indica a quantidade de estações necessárias e os custos para ampliar a rede, considerando cenários internacionais para guiar o planejamento brasileiro. De acordo com a publicação, o Brasil precisaria de, pelo menos, mais 138 ou 46 estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar, conforme os cenários da Europa e dos Estados Unidos, respectivamente.

Já no segundo dia, durante o Painel 5, Helen Sousa, também pesquisadora do IEMA,  destacou que o Brasil ainda está longe de alcançar os padrões de qualidade do ar recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela ressaltou a concentração desigual de estações automáticas de referência, com 80% de cobertura na Região Sudeste e lacunas importantes na Região Norte. 

“O monitoramento ajuda a planejar e a avaliar ações de controle e permite identificar os riscos à saúde. Sem uma rede robusta, permanecemos no escuro quanto aos objetivos que precisamos alcançar”, destacou Sousa. 

A pesquisadora reforçou ainda o trabalho do IEMA de divulgação para a sociedade sobre a qualidade do ar no país e suas lacunas de dados sobre monitoramento, por meio da Plataforma da Qualidade do Ar. 

Durante o painel 6, Sousa apresentou os resultados preliminares do terceiro inventário nacional de emissões atmosféricas por veículos veiculares, que está sendo feito pelo IEMA em parceria com a Climate and Clean Air Coalition (CCAC), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério de Transportes e deve ser lançado ainda este ano. Este estudo permitirá mapear fontes de emissão e subsidiar políticas públicas. O IEMA, em parceria com outros órgãos do governo, já havia consolidado inventários anteriores em 2011 e 2013, criando uma base nacional de referência que sustenta diagnósticos e avaliações de longo prazo. O seminário reforçou a importância de monitoramento contínuo, da transparência de dados e da articulação entre setores para enfrentar os desafios da poluição do transporte no Brasil, evidenciando o papel da pesquisa e da produção de dados na formulação de políticas públicas eficazes, justas e baseadas em evidências.

Fotos: Divulgação/ Infra S.A.

Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)
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