O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) está desenvolvendo um trabalho inédito sobre o transporte de cargas na Amazônia Legal. Entre os estudos desenvolvidos, encontra-se a análise do transporte de cargas que percorre o território amazônico seja ele o destino das cargas, a origem ou “apenas” a rota de passagem.
O projeto faz parte de um esforço da organização em contribuir para o aperfeiçoamento e à ampliação da participação da sociedade no processo decisório sobre infraestrutura de transporte de cargas no Brasil. Ele se alinha a um dos objetivos estratégicos do IEMA voltado a reduzir os impactos socioambientais negativos do transporte de cargas. Os resultados e demais novidades serão divulgadas no site da instituição: www.energiaeambiente.org.br.
Para desenvolver esse trabalho, diversos dados são levantados e muitos deles salientam questões socioambientais. Como é o caso de imagens que mostram tanto a presença de rodovias federais quanto a ocupação da região da Amazônia. Veja no vídeo com informações retiradas do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (Mapbiomas):
A cor verde representa a floresta, enquanto a amarela se refere a áreas de pastagem. No decorrer dos anos, há uma relação, mesmo que indireta, entre a presença dessas grandes rodovias e a mudança gradual do uso da terra amazônica com avanço da pecuária. Embora as estradas sejam essenciais para o desenvolvimento econômico brasileiro, elas também podem gerar problemas ambientais como o desmatamento.
Por isso, é importante considerar as dimensões sociais e ambientais durante o planejamento da logística de transportes. Assim, selecionando ou até priorizando projetos com menores impactos e ouvindo diferentes partes interessadas. Depois de uma infraestrutura implementada, como uma rodovia, também é necessário prever a adoção de medidas protetivas para garantir a conservação ambiental.