Transporte regional de cargas sustentável

Reduzir impactos socioambientais negativos do transporte de cargas

O setor de transporte no Brasil tem uma grande responsabilidade nas emissões de gases de efeito estufa (GEE), representando metade das emissões em relação à matriz energética, de acordo com dados do Seminário Anual sobre Emissões Brasileiras de Gases de Efeito Estufa (SEEG). Isso indica que o transporte de cargas no país é altamente dependente do modal rodoviário e de derivados do petróleo. Essa análise preliminar destaca duas questões importantes: a necessidade de diversificar os modos de transporte de cargas no país, aumentando a participação dos modais ferroviário, aquaviário e de cabotagem, e a importância de adotar fontes de energia menos prejudiciais à saúde das pessoas e ao meio ambiente.

Mas mesmo se apenas outras fontes energéticas menos emissoras de gases e de poluentes fossem empregadas nos caminhões, a manutenção do transporte rodoviário como modo majoritário ainda promoveria um sistema de transporte de cargas com significativas ineficiências energéticas e apontaria para a necessidade de ampliação do uso de modos de transporte mais apropriados em termos de consumo energético.

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) acredita que, para tornar o transporte regional de cargas mais sustentável nesses aspectos, é necessário incorporar de forma legal e efetiva critérios socioambientais no processo decisório relacionado à infraestrutura logística de transporte no Brasil. Isso envolve promover a redução dos riscos enfrentados por comunidades e territórios vulneráveis e capacitar os atores relevantes para que possam incidir no processo decisório para infraestrutura logística de transporte de maneira adequada e eficaz.

Linhas de ação: