Projeto Energias da Floresta: Curso piloto forma agentes comunitários de energia na Amazônia e fortalece gestão comunitária de sistemas solares

IEMA participa de capacitação de moradores do Baixo Tapajós para operar e manter sistemas de energia solar em seus próprios territórios

No início de dezembro, 15 comunitários indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhos de diferentes territórios da Amazônia participaram da fase presencial da primeira Formação de Agentes Comunitários de Energia (ACE), realizada no Centro Experimental Floresta Ativa (CEFA), na comunidade Carão (PA), localizada na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns. A iniciativa foi promovida pela Rede Conexão Povos da Floresta, com apoio das organizações que compõem o Grupo de Trabalho de Energia desta, representadas pelo  Projeto Saúde e Alegria (PSA), Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e WWF-Brasil. O objetivo principal da formação é capacitar para atuarem na gestão, manutenção, eficiência energética e uso sustentável de sistemas de energia solar em territórios amazônicos. O IEMA contribuiu articulando parceiros, apoiando o desenvolvimento do programa e os conteúdos das disciplinas, ministrando aulas técnicas e colaborando na estruturação metodológica do curso.

Os participantes foram selecionados entre comunidades conectadas à Rede Conexão que possuem conjuntos de energia solar instalados. A formação combinou uma fase de Educação a Distância (EaD), com aulas síncronas e assíncronas, e um módulo presencial, no qual os participantes aprofundaram conhecimentos em atividades práticas como montagem de circuitos, dimensionamento e instalação de sistemas off-grid (isolado e autônomo), leitura de carga e orientações de segurança.

Projeto Energias da Floresta

A formação integra o Sandbox Regulatório Projeto Energias da Floresta, conduzido  pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em parceria com o IEMA, voltado ao desenvolvimento e teste de soluções inovadoras para ampliar o acesso à energia renovável, segura e adequada às comunidades amazônicas. O curso é uma iniciativa da Rede Conexão Povos da Floresta e integra, como projeto-piloto, o Projeto Energias da Floresta.

“Esse curso nos permite demonstrar uma forma de capacitar pessoas que vivem nos territórios quilombolas, indígenas e extrativistas para que elas mesmas possam solucionar problemas energéticos nas suas comunidades e melhorar a qualidade do acesso à energia”, explica Vinícius Oliveira, pesquisador do IEMA. “Uma coisa é fazer formação em ambiente urbano, com quem já tem acesso pleno à energia. Outra é formar comunitários que muitas vezes nunca tiveram um serviço adequado”.

A partir dessa edição piloto, a previsão é planejar novas turmas do curso em outros territórios a partir de 2026, consolidando os agentes comunitários de energia como centrais na transição energética justa e inclusiva na Amazônia.

O curso também contou, em sua fase presencial, com a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da ION Energia e das concessionárias Energisa e Amazonas Energia. Na fase de ensino a distância (EaD), a formação também integrou conteúdos e participações da Revolusolar, do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) e da International Energy Initiative (IEI-Brasil), ampliando a diversidade técnica e institucional envolvida no processo formativo.

Fotos: João Albuquerque/ Dzawi Filmes

Fonte do texto: Rede Conexão Povos da Floresta

Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)
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