A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês) nasceu no Brasil, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Na ocasião, representantes de diversos países se reuniram no Rio de Janeiro e, pela primeira vez, reconheceram coletivamente a urgência de enfrentar as mudanças climáticas.
Dessa iniciativa surgiu a Conferência das Partes (COP), que desde então se tornou o principal espaço de negociação e cooperação internacional para conter os problemas climáticos. Todos os anos, líderes, cientistas, organizações e representantes da sociedade civil se encontram para discutir caminhos e compromissos capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Mais de três décadas depois, o ciclo se completa. Da Mata Atlântica fluminense à imensidão verde da Amazônia, o Brasil volta a sediar o encontro que ajudou a criar. Belém do Pará receberá, entre os dias 10 e 21 de novembro, a 30ª Conferência das Partes (COP 30), reunindo delegações de todo o mundo em busca do avanço no diálogo sobre a redução, adaptação e mitigação das mudanças climáticas.
O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), que completará 20 anos de atuação em 2026, estará presente no evento com uma delegação composta por André Luis Ferreira, diretor-executivo; os gerentes de projeto David Tsai e Ricardo Baitelo; o pesquisador Felipe Barcellos; e Isis Nóbile Diniz, coordenadora de comunicação.
Há sete anos atuando na Amazônia, região que sedia o encontro, o IEMA tem contribuído para ampliar o debate, as informações e as políticas públicas sobre melhoria da qualidade de vida de quem habita o local, principalmente no que diz respeito ao acesso à energia elétrica de qualidade, adequada e pública; e, também, buscando promover uma infraestrutura de transportes e energia elétrica para a Amazônia, e não sobre o território. Algo que beneficiará, no mínimo, toda a população brasileira. Porventura, do planeta.
Durante a conferência, a equipe levará reflexões e propostas sobre temas fundamentais à transição energética justa e inclusiva como emissões dos setores de energia e processos industriais, infraestrutura de transportes, biocombustíveis, termelétricas, energia renovável e acesso à eletricidade na Região Norte.
Com o retorno da conferência ao país onde tudo começou, a expectativa é de que a COP 30 em Belém reforce o papel do Brasil como protagonista nas discussões globais sobre clima, biodiversidade e justiça socioambiental. E que organizações como o IEMA sigam impulsionando esse diálogo com base em dados, ciência e compromisso com as populações mais diretamente afetadas pelas mudanças climáticas e exclusão social.
Acompanhe a programação do IEMA na COP 30:
Dia 10 (segunda-feira)
Da Medição à Ação: Transparência nos Inventários de GEE e Integração com Estratégias Empresariais de Neutralidade Climática
Green Zone/ Pavilhão Brasil – Auditório Uruçu
14h15
Com David Tsai, gerente de projetos do IEMA
Dia 11 (terça-feira)
Has Brazil fulfilled its promise for 2025? (O Brasil cumpriu sua promessa para 2025?)
Blue Zone/ Side Event – Room 9
15h
Com David Tsai, gerente de projetos do IEMA
Dia 12 (terça-feira)
Desafios e Incongruências na Política Energética Brasileira
Blue Zone/ Panda Pavilion
16h
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Dia 13 (quinta-feira)
Desafios técnico-econômicos da transição energética: que barreiras precisam ser superadas e propostas de soluções para chegarmos lá
Amazon Climate Hub (R. Boaventura da Silva, 64 – Reduto)
9h30
Com David Tsai e Ricardo Baitelo, ambos gerentes de projetos do IEMA
Painel Transição energética
Casa da Mata Atlântica na Universidade da Amazônia, UNAMA (Av. Alcindo Cacela, 287, Umarizal)
15h
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Una mirada 360° a la infraestructura en la Amazonía: desafíos y propuestas para la conectividad socioecológica, los derechos socioambientales y la resiliencia climática (Um olhar 360° sobre a infraestrutura na Amazônia: desafios e propostas para a conectividade socioecológica, os direitos socioambientais e a resiliência climática)
Green Zone/ Pavilhão OTCA, Museu Goeldi
15h30
Com André Luis Ferreira, diretor-executivo do IEMA
Just Transition To Avoid Climate Hell: Fossil Fuel Projects to Cancel and Strategies to Do So (Transição Justa para Evitar o Inferno Climático: Projetos de Combustíveis Fósseis a Cancelar e Estratégias para Isso)
Blue Zone/ Side Event – Room 4
16h45
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Zonas de Sacrifício e Falsa Transição: impactos da Infraestrutura de GNL e dos jabutis do gás
Amazon Climate Hub (R. Boaventura da Silva, 64 – Reduto)
20h
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Dia 14 (sexta-feira)
Subsídios ineficientes aos combustíveis fósseis
Blue Zone/ Pavilhão do Brasil – Auditório Cumaru
17h30
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Dia 17 (segunda-feira)
O Papel das Salvaguardas Socioambientais para uma Transição Justa
CCCA Climate Hub, Center for Climate Crime Analysis (Endereço: Travessa Capitão Pedro Albuquerque, 395, Cidade Velha)
10h
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
O Papel das Salvaguardas Socioambientais para uma Transição Justa
Green Zone/ Pavilhão Belém +10
11h15
Com Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA
Dia 19 (quarta-feira)
From Commitment to Implementation: Accelerating Methane Mitigation in Brazil (Do Compromisso à Implementação: Acelerando a Mitigação do Metano no Brasil)
Blue Zone/ Super Pollutant Solutions Pavilion (Pavilhão de Soluções para Superpoluentes)
15h
Com Felipe Barcellos, pesquisador do IEMA
