Às vésperas da COP 30, IEMA discute acesso a energia elétrica na Amazônia em evento da USP

Encontro destacou desafios, políticas públicas e inovações para levar energia elétrica a comunidades isoladas

O Instituto de Energia e Ambiente (IEMA) participou do seminário “Universalizando o Acesso à Energia Elétrica na Amazônia Legal: Desafios e Soluções para Sistemas Isolados”, realizado no dia 20 no auditório do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE/USP). O IEMA abordou a importância da integração de políticas públicas de acesso à energia elétrica na Amazônia, promovendo inclusão social, desenvolvimento local e sustentabilidade ambiental. O evento foi promovido pela Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABDG) e pelo Instituto de Energia e Ambiente (IEE).

O encontro reuniu especialistas, formuladores de políticas públicas, pesquisadores, empresas e a sociedade civil para uma discussão sobre o acesso à energia na Amazônia Legal. 

O painel de abertura contextualizou a situação energética na Amazônia Legal sob a ótica dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ODS 7 que busca assegurar a todos o acesso à energia limpa e acessível. Vinicius Oliveira da Silva, pesquisador do IEMA destacou a importância da integração de políticas públicas nos territórios amazônicos. 

“Sem energia elétrica, crianças em escolas ficam sem acesso à merenda adequada, postos de saúde têm dificuldades em atender plenamente a população e produtores locais enfrentam problemas para  preservar e comercializar seus alimentos”

Silva abordou também a necessidade de mapear com precisão onde estão essas comunidades, garantir a inclusão digital e socioeconômica, e planejar a gestão de resíduos e logística reversa de sistemas fotovoltaicos. O pesquisador apresentou dados sobre a evolução do acesso à energia e à internet na região, destacando iniciativas como a Rede Conexão Povos da Floresta, que no mês de outubro alcançou a marca de duas mil comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas conectadas em toda a Amazônia Legal.

Nos Painéis 5 e 6, o IEMA participou das discussões sobre ajustes regulatórios, políticas públicas e estratégias de universalização. O Painel 5 debateu a revisão do marco regulatório e incentivos para o uso de micro e minigeração distribuída isolada (MIGDIs), superando barreiras e priorizando o desenvolvimento local e a eficiência energética. Já o Painel 6 consolidou propostas e definiu roteiros de ação para tornar as MIGDIs uma solução central na estratégia de eletrificação da Amazônia Legal, garantindo impacto direto e duradouro na política energética nacional.

O evento reforçou que soluções inovadoras, como sistemas de energia solar fotovoltaica combinados com baterias de armazenamento, têm grande potencial para atender de forma sustentável às populações isoladas, mas seu sucesso depende de planejamento estratégico, escolha tecnológica adequada e integração com políticas públicas, assegurando desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental na Amazônia Legal.

Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)
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