Olá!
Seja bem-vinda e bem-vindo ao primeiro boletim de 2025 do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)! Este promete ser um ano movimentado, tanto para a organização quanto para a agenda socioambiental no Brasil.
Logo no início do ano, a equipe já esteve envolvida em reuniões com parceiros nacionais e internacionais discutindo temas ligados à COP 30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). Ainda há muito a ser definido, mas a atuação do IEMA seguirá reforçada em questões como a redução das emissões de gases de efeito estufa no setor energético e industrial e a universalização do acesso à energia elétrica na Amazônia Legal. Haverá novidades em breve!
Além disso, 2025 será um ano de atenção especial para a transição energética, com foco em combustíveis e geração de eletricidade. O IEMA segue buscando soluções para que o país reduza suas emissões sem deixar de lado a melhoria da qualidade de vida da população mais vulnerável, como os povos tradicionais.
Outro tema importante no radar é o aprimoramento e a institucionalização dos processos decisórios de infraestrutura do transporte de cargas, garantindo que aspectos sociais e ambientais sejam sempre considerados. Essa iniciativa segue avançando com apoio de órgãos governamentais como a Controladoria Geral da União (CGU), organizações do terceiro setor e movimentos comunitários –acompanhe as atualizações sobre o tema em nossas redes sociais.
Confira abaixo os detalhes do andamento dos objetivos para o ano. E vale lembrar: o Planejamento Estratégico do IEMA segue em revisão.
Transporte regional de cargas sustentável
O IEMA participou do “Workshop Mercado Doméstico de Cargas” promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. Durante o encontro, debateu sobre a consistência entre os objetivos de aumentar a participação ferroviária no transporte, as políticas públicas e o arcabouço regulatório que mantêm a dinâmica atual do setor. O evento também divulgou os resultados do Relatório de Levantamento sobre o Mercado Doméstico de Cargas, Acórdão 2000/2024 – TCU – Plenário. Veja aqui: manhã e tarde.
São várias as problemáticas relacionadas à falta de planejamento apontadas no documento, sendo uma das consequências o alto custo interno de quem precisa transportar cargas no país. Além disso, a escassez de informações estruturadas sobre o mercado doméstico de cargas dificulta a formulação de políticas públicas eficazes para o setor. A falta de integração entre os diversos planos logísticos e a ausência de mecanismos que assegurem a implementação de boas práticas, com diretrizes e critérios bem definidos, têm comprometido avanços estruturais essenciais.
Em parceria com o Grupo de Trabalho de Infraestrutura e Justiça Socioambiental (GT Infra), o IEMA publicou material didático buscando explicar de maneira educativa como funciona o planejamento de infraestrutura de transportes no Brasil. A iniciativa busca ampliar o conhecimento e a participação da sociedade nas decisões que afetam suas vidas cotidianamente e também no futuro.
Exemplo disso é a cartilha “Boas práticas no planejamento de infraestrutura de transportes” que reúne critérios fundamentais para garantir um processo decisório transparente e eficiente, levando em conta a justiça socioambiental.
O IEMA também participa ativamente do Compromisso 1 – Instrumentos para aprimorar a transparência e participação social nas políticas de infraestrutura, que foi selecionado para integrar o Desafio de Governo Aberto da OGP. A organização contribui com recomendações para aprimorar os instrumentos de transparência e participação, visando resultados mais eficazes no desenvolvimento e implementação do Plano de Ação. A iniciativa busca fortalecer a transparência, a participação e a inclusão na gestão pública, promovendo uma transformação duradoura nas políticas de infraestrutura.
Ar limpo
O IEMA participou do webinar “Inventários de Emissões de Poluentes Atmosféricos” promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). O encontro abordou o Inventário Nacional de Emissões por Fontes Rodoviárias, estudo a ser elaborado com a participação do IEMA. David Tsai, gerente de projetos do IEMA, ressaltou que dados sobre o consumo de combustível, frota estimada de veículos e dados de trânsito serão usados para fazer o documento, a ser lançado ainda este ano.
Em março, o instituto esteve presente na “Climate and Clean Air Conference 2025”, evento que teve como tema central “Accelerating Action on Super Pollutants: The Road to COP30”. Durante o encontro, David Tsai fez uma apresentação destacando a experiência da organização na construção do primeiro e segundo inventários nacionais de fontes móveis. Ele também abordou as atualizações futuras do inventário, enfatizando a colaboração com a organização Coalition for Clean Air and Climate (CCAC) para avançar nesse processo para o enfrentamento dos poluentes atmosféricos locais e dos gases de efeito estufa.
Matriz elétrica limpa e inclusiva
Pela primeira vez em 35 anos, a matriz energética brasileira contou com uma participação maior de fontes renováveis em relação às não renováveis. No equivalente ano, 2023, o consumo de energia no país aumentou 5%, mas as emissões do setor cresceram apenas 1%.Esse cenário destaca o potencial do Brasil para se tornar uma referência global na transição energética.
E no mês de março, a Rede Energia e Comunidades, cujo o IEMA atua no secretariado, se reuniu no em São Paulo para realizar o seu Primeiro Encontro de Comunicação. O evento foi uma oportunidade para rever estratégias e definir os próximos passos de atuação da área.
A saber
Com relação às ações institucionais: começou a auditoria externa referente ao ano passado; a isenção de Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) foi renovada valendo por mais três anos; Gabrielly Alves, assistente administrativa e financeira, atualizou o curso de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), sendo a pessoa indicada para o cumprimento de norma específica.
Além disso, a contratação de dois analistas de projetos para colaboração na área de energia elétrica está em processo de recrutamento; e a contratação de um analista de projetos para colaboração no tema “transporte regional de cargas”. Também seguem em andamento novos projetos e propostas. Aguarde as novidades em breve.
IEMA na mídia
Valor Econômico. Ar piora com mudanças climáticas e já custa US$ 1 bi por ano ao Brasil
Folha de S.Paulo. Lobby do gás pressiona para Lula manter trecho de projeto que beneficia setor
Nexo. Como indígenas ajudaram na obra do linhão de Tucuruí
Congresso em Foco. Projeto de lei visa reduzir subsídios a usinas de carvão mineral
Zero Hora. À espera de definição em Brasília, CRM estende contrato de fornecimento de carvão a usina de Candiota
Valor Econômico. Energia solar ganha terreno na região amazônica com vantagens de custo
O Hoje. Goiânia ocupa segundo lugar entre as capitais com pior monitoramento da qualidade do ar no Brasil
Ministério Público do estado do Mato Grosso. Novas hidrovias na Amazônia podem agravar mudanças climáticas, alertam especialistas
Que este seja um ano muito produtivo para todas e todos!
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