É preciso aprimorar a política, o planejamento e a regulação do transporte de carga brasileiro, dizem especialistas

Organizações não governamentais se encontraram para debater como reduzir as emissões de gases de efeito estufa do setor de logística

Representantes do setor privado, especialistas e organizações não governamentais se reuniram no workshop Descarbonização do Transportes de Cargas no Brasil para debater a importância, os desafios e os caminhos para ampliar a participação dos modais ferroviário e aquaviário no transporte de cargas no país e seus desdobramentos em termos de emissões de gases de efeito estufa. O evento aconteceu em Brasília, em maio.

Organizado pelo IEMA, com apoio do Instituto Centro de Vida, o workshop contou com apresentações do economista Bernardo Figueiredo, ex-presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e ex-diretor Geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); de Luís Henrique Teixeira Baldez, presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transporte de Carga (ANUT); de Ramon Victor Cesar, professor da Fundação Dom Cabral (FDC); e de André Luís Ferreira, diretor-presidente do IEMA.

Subsidiadas pelos dados e informações apresentados pelos palestrantes, foram discutidas as barreiras e as oportunidades para expandir os modais ferroviário e aquaviário no transporte de cargas. Entre as questões abordadas, destaca-se a necessidade de aperfeiçoamento da política, do planejamento e da regulação do transporte de carga; o estudo dos cenários de infraestrutura logística para o horizonte temporal 2035; e a integração entre políticas de energia, transportes e clima.

Para baixar as apresentações do seminário sobre logística, clique nos links:

Desafios para a ampliação da participação dos modais ferroviário e aquaviário no transporte de carga;
Demanda de energia e emissões de gases de efeito estufa no transporte de carga;
Desafios para ampliação da participação do modal ferroviário de carga: análises e proposições;
Cenários 2035 de infraestrutura em logística de transportes no Brasil.

Este workshop fez parte do projeto Brasil Carbono Zero 2050 que, além do IEMA, conta com a participação do Observatório do Clima, GT Infraestrutura, ClimaInfo, Instituto Centro de Vida (ICV), O Mundo que Queremos e WRI Brasil. Uma coalizão de organizações da sociedade civil empenhada em facilitar a transição do país para uma economia de baixo carbono.

Durante o primeiro semestre de 2019, os integrantes do Projeto Brasil Carbono Zero 2050 debateram as bases necessárias para o país zerar as emissões de carbono até 2050 nas áreas de indústria, mobilidade urbana, energia elétrica e logística. Mais informações podem ser encontradas no site oficial do encontro Brasil Carbono Zero 2050 – O Caminho.