Olá,
Seguem novidades sobre o IEMA e temas que a organização acompanha.
O Brasil está redesenhando suas veias de transportes com o novo Plano Nacional de Logística (PNL) 2050, e o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) vem acompanhando esse processo de perto. A atual construção do PNL 2050, conduzida pelo Ministério dos Transportes (MT), abre uma oportunidade estratégica para que critérios e riscos socioambientais deixem de ser considerados apenas no licenciamento ambiental e passem a orientar desde o início a seleção dos projetos.
Durante estes meses, houve oficinas regionais, como as realizadas em São Paulo (SP) e em Manaus (AM), onde foi apresentada e discutida a matriz origem-destino de cargas do país, ferramenta realizada pelo governo para identificar onde as mercadorias são produzidas e para onde se destinam, tanto em território nacional como no exterior. É nessa fase que se delineiam os principais fluxos de transporte a serem atendidos.
No debate referente à Região Sudeste, que aconteceu na capital paulista, representantes do IEMA estiveram presentes para acompanhar. Eles ressaltaram que, na projeção da matriz origem-destino para 2050, devem ser consideradas as questões socioambientais decorrentes do aumento da área destinada à produção agropecuária em territórios sensíveis, como é o caso da Amazônia.
Acompanhe, abaixo, as demais atividades promovidas nos últimos dois meses.
Transporte regional de cargas sustentável
O IEMA esteve presente na rodada regional do Sudeste referente à discussão da matriz origem-destino no âmbito do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050. Especialistas enfatizaram que aspectos de sustentabilidade devem ser considerados como premissas fundamentais.
A conversa relativa à Região Norte aconteceu em Manaus (AM). O governo a dividiu em três para as análises: Amazônia de granéis agrícolas e minerais; Amazônia do Polo Industrial de Manaus; e, Amazônia “profunda”, focada no escoamento interno de mercadorias como medicamentos, por exemplo.
Matriz elétrica limpa e inclusiva
A Rede Energia e Comunidades (REC), da qual o IEMA faz parte, promoveu o Primeiro Encontro de Monitoramento do Programa Luz para Todos (LpT), no Território Indígena do Xingu (TIX, MT), em março. Durante o evento, falhas na implantação do programa e temas como a Tarifa Social de Energia Elétrica e a importância da energia para serviços essenciais foram debatidos.
O encontro resultou em dois documentos: Carta dos Povos Indígenas Xinguanos e a Contribuição da Rede Energia & Comunidades ao Encontro de Monitoramento do Programa Luz para Todos no Xingu. Na ocasião, também foi realizada uma oficina sobre os valores cobrados nas contas de luz. Do governo, estiveram presentes representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O IEMA foi eleito, em abril, para ocupar uma das duas vagas da subcategoria “Elétrico e suas fontes relacionadas à transição energética”, no Fórum Nacional de Transição Energética (Fonte). Ele entrou no segmento de organizações da sociedade civil para o biênio 2025-2026.
Em abril, o instituto firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio da Secretaria Nacional de Bioeconomia (SCB), para levantar, organizar e analisar os dados que devem apoiar a revisão do Plano Nacional de Sociobioeconomia. A parceria busca fortalecer as bases de informações que auxiliam o planejamento e a orientação das ações do plano.
E no Dia da Terra, 22 de abril, o movimento editorial da Globo Um Só Planeta promoveu a live “Nossa Energia, Nosso Planeta” para debater como acelerar a transição energética e promover uma energia limpa, acessível e justa. Na ocasião, Ricardo Baitelo, gerente de projetos do IEMA, destacou os desafios da descarbonização no Brasil, principalmente, no setor de transportes, e a necessidade de incluir populações vulneráveis no processo. Ele também defendeu o investimento em armazenamento de energia e a revisão dos subsídios do setor elétrico com foco na equidade.
Ar limpo
O MMA, o MT e o IEMA realizaram a primeira oficina técnica, em abril, que debateu a metodologia da terceira edição do Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários. Esta nova edição está prevista para o segundo semestre e, em seguida, devem ser entregues ferramentas de apoio para os estados elaborarem seus próprios inventários.
A saber
Meiriele Alvarenga Cumplido entra para a equipe do IEMA para atuar na análise de riscos socioambientais, impactos e mapeamento de usinas de energias renováveis. Outras duas vagas estão em fase de recrutamento, uma para a área de energia elétrica e outra referente à infraestrutura de transportes.
O Brasil lidera o apoio ao combate à poluição por metano na América Latina, com 90% da população favorável às ações de mitigação, maior índice entre os 17 países avaliados, segundo pesquisa encomendada pelo Global Methane Hub, que empregou dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima.
Durante a audiência pública “Seminário Movimento Nova Raposo”, sobre a possível reestruturação da Rodovia Raposo Tavares, Felipe Barcellos, pesquisador do IEMA, ressaltou, em sua apresentação, que é preciso evitar deslocamentos, promover o transporte público e adotar tecnologias mais limpas e eficientes. O encontro aconteceu em abril, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Na mídia
- Um Só Planeta. Com potencial ainda subexplorado, energia renovável pode levar Brasil a ser exemplo global na transição energética
- Agência Gov. MME vai a terras indígenas do Mato Grosso ouvir avaliação de lideranças sobre o Luz para Todos
- O Globo. Experimentos abrem novas frentes para diversificar fontes de energia limpa
- Valor Econômico. Matriz brasileira é competitiva, mas desafio persiste
- RTP. Hora de agir: metano
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