O acesso à energia elétrica desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida das pessoas, permitindo a refrigeração de vacinas, medicamentos e alimentos, a iluminação para estudos noturnos, o uso de computadores e ventiladores em escolas e o bombeamento de água potável. Porém, infelizmente, cerca de um milhão de pessoas ainda estão sem o acesso à energia elétrica na região da Amazônia, de acordo com estimativas de 2019 do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Vale ressaltar que o acesso à energia elétrica como um direito fundamental está previsto na Constituição Federal.
Além desse problema no setor elétrico, há uma diminuição na capacidade de armazenamento de energia em reservatórios de usinas hidrelétricas, enquanto a demanda do sistema elétrico aumenta ou, no mínimo, permanece constante. Paralelamente, presencia-se um crescimento na participação de fontes renováveis variáveis, como energia solar e eólica, na matriz elétrica. Esse cenário amplia a variabilidade do sistema, já que essas fontes renováveis são menos controláveis, tornando-se necessário implementar alternativas manipuláveis para garantir o suprimento da demanda. As tecnologias de armazenamento de energia, como baterias, poderiam atender a essa necessidade. Porém, a viabilidade econômica dessas tecnologias pode ser um fator limitante.
Nesse contexto, as usinas termelétricas surgem como uma opção tecnológica potencialmente competitiva, pois têm operação controlável e uma participação consolidada na matriz elétrica. Além disso, a exploração das reservas de gás natural do pré-sal e a implementação do novo marco regulatório do setor de gás estão impulsionando o desenvolvimento de empreendimentos que utilizam derivados do petróleo. No entanto, a implementação de mais termelétricas pode acarretar em impactos socioambientais significativos relacionados às emissões atmosféricas e ao consumo de água, tornando necessária a adoção de mecanismos e de práticas para que eles sejam evitados ou mitigados.
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